Desde que o canionismo se afirmou como uma modalidade esportiva, novas dificuldades e riscos foram surgindo. A evolução das técnicas possibilitaram aos canionistas a descoberta de lugares que até pouco tempo atrás eram inacessíveis e inexploráveis.
A primeira evolução foi em relação às aguas vivas e seus perigos. Isso marcou a transição do canionismo tradicionalmente conhecido e contemplativo, para o canionismo esportivo, mais técnico, exposto e com mais riscos.
Outro grande desafio que surgiu foi o descenso dos grandes verticais, uma faceta vertiginosa e emocionante, que eleva a prática do canionismo esportivo a uma outra dimensão.
A tensão de enfrentar grandes precipícios, com equipamentos avançados e de última geração que podem, entretanto, estar aquém das exigências desse ambiente, somada às dificuldades na comunicação e muitos outros desafios, tornam os Grandes Verticais fascinantes e ao mesmo tempo despertam temor em uma grande parte dos praticantes.
1. Objetivos:
• Tornar-se autônomo em progressões verticais nível 5 (V5) e envergadura nível III;
• Ensinar técnicas para esse tipo de descenso;
• Avaliar riscos;
• Propor soluções para problemas comuns que podem ser encontrados.
2. Condições de acesso:
• Ter 18 anos completos;
• Autonomia em cânios de cotação A3, V3,II
3. Duração:
• À partir de 3 dias
4. Pré-requisitos:
• Estar preparado para situações de exposição e desconforto;
5. Local e data:
• Conceição do Mato Dentro-MG/Serra do Intendente;
• 13,14 e 15 de Janeiro de 2017.
• Grupo mínimo 6 estagiários
6. Investimento:
• R$ 600,00.
7. Instrutores:
- Paulo Machado Junior – MG
- Luiz Lo Sardo Neto – SP
Referencial:
1. Comunicação
- Saber adotar um sistema de comunicação eficiente.
2. Comportamento
- Adotar técnicas de mínimo impacto para a atividade;
- Respeitar a comunidade do entorno e a cultura local;
- Adotar a ética e conduta recomendada;
- Respeitar as orientações dos instrutores.
3. Auto-resgate Vertical
- Ser capaz de avaliar e executar o socorro de uma vítima bloqueada com intervenção indireta;
- Ser capaz de avaliar e executar o socorro de uma vítima bloqueada com intervenção direta;
4. Socorro
- Ser capaz de elaborar um kit de primeiros socorros adaptados a atividade;
- Ser capaz de deslocar uma vítima e coloca-la na melhor posição possível;
- Ser capaz de montar um ponto quente e mantê-la aquecida;
- Ser capaz de preencher a ficha de alerta e emitir um pedido de socorro.
5. Progressão:
- Saber avaliar previamente o descenso;
- Saber aproximar-se com segurança das cabeceiras;
- Saber escolher o melhor freio e melhor passagem;
- Saber optar pela escolha das cordas em simples ou dupla;
- Saber equipar o rapel debreado em simples e dupla;
- Saber gerenciar e eliminar os atritos (teoria dos atritos);
- Saber realizar um rapel auto-assegurado;
- Executar pêndulos com segurança;
- Saber executar ascensão mecânica;
- Saber recuperar a corda de maneira eficiente;
- Saber fazer a gestão das cordas;
- Saber encontrar os pontos de ancoragem.
6. Meio Ambiente:
- Saber determinar o caudal e peso da coluna de água;
- Saber avaliar os tipos de ventos.
7. Outras Competências:
- Saber portar a mochila nas cascatas;
- Saber se orientar e ter visibilidade;
- Saber fazer as manobras especiais;
- Saber administrar a perda de calor por vento e spray da água;
- Saber fazer a recuperação especial de corda.
Realizacão:
- GBCAN – Grupo Brasileiro de Canionismo
- Membro Fundador da Federação Internacional de Canionismo Esportivo.